sexta-feira, 24 de julho de 2009

O QUE OS EXECUTIVOS ESPERAM DA CRISE

O QUE OS EXECUTIVOS ESPERAM DA CRISE

Abaixo informações ref. A pesquisa efetuada pelo grupo BPI.



O Grupo BPI, multinacional francesa especializada em reestruturação de empresas e gestão de pessoas, realizou uma pesquisa mundial para saber o que os altos executivos esperavam da crise. A pesquisa foi realizada entre dezembro 2008 e janeiro 2009, com 7.590 executivos de topo, de empresas de todos os portes e setores, em 14 países (Bélgica, Brasil, Finlândia, Polônia, Romênia, Rússia, Suíça, Reino Unido, Alemanha, França, Espanha, Itália, China, Estados Unidos).

Entre os resultados de pesquisa, é possível perceber um otimismo maior do executivo brasileiro, enquanto o resto do mundo reage de forma mais contida aos efeitos da crise nos próximos anos.

A grande conclusão é que os brasileiros acreditam que a crise será mais curta, menos profunda que nos demais países e que não afetará seu futuro profissional e nem o de sua empresa. Esperam, portanto, aumento e promoção a curto prazo e mesmo acreditando em reestruturações, acham que sua equipe não será afetada.

Em grandes linhas temos:

Efeitos da Crise:

- A grande média, praticamente 68,2% dos entrevistados, acha que as conseqüências para as empresa serão muito sérias. Quem mais acredita nisso são os ingleses (88%) e os americanos (84.2%). Em terceiro lugar estamos nós, brasileiros, com 79,6%. O país que menos acredita nas graves conseqüências da crise é a Finlândia, com apenas 39,7%.

Moral das tropas:

- Em função disso, praticamente todos os entrevistados, nas mesmas proporções, acham que vai haver conseqüências sobre a motivação da equipe, sobre o clima social, sobre o nível de stress, sobre o ambiente de trabalho, etc.

Contratações:

- Cerca de 63% dos executivos ouvidos pela pesquisa acham que as empresas não vão contratar nos próximos meses. Quem menos acredita em contratações são os europeus (Itália, França, Alemanha, Inglaterra, Bélgica). No Brasil as respostas estão bem divididas, 44% acham que as contratações vão aumentar e 54% acha que não.

Reestruturações:

- Uma maioria apertada no mundo, 58%, não acredita em reestruturações nas empresas. Já 70% dos executivos brasileiros, contrariamente, acreditam em grandes reestruturações, número muito acima dos outros países, por exemplo, a China, onde apenas 20% dos profissionais acredita que vão haver grandes reestruturações nas empresas.

Fusões:

- Já quando o assunto são as fusões, a maioria não acredita que haverá fusões de suas empresas com outras - 85,2%. O Brasil acompanha esse número.

Demissões:

- Apesar de o executivo brasileiro acreditar que vai haver reestruturações nas empresas, cerca de 62% acredita que não haverão demissões dentro de sua equipe. No resto do mundo, este número é de 64,5%.

Redução de custos:

- Cerca de 76% dos entrevistados acredita num programa de redução de custos dentro da empresa, causado pela crise. No topo desta lista estão os chineses, com 86%.

Congelamento de salários:

- Há uma considerável divisão no que se refere ao congelamento dos salários. Cerca de 42% acreditam que os salários serão congelados e cerca de 57% acreditam que não. Os mais otimistas são os chineses, apenas 20% acredita neste congelamento, e os finlandeses, 13%.

Conflitos sociais:

- Aproximadamente 77% dos profissionais não acreditam em conflito social dentro da empresa por causa da crise.

Novos projetos e aquisições:

- Mais de 70% dos executivos no mundo acreditam que suas empresas vão partir para novos projetos de desenvolvimento ou aquisição de novas empresas. Os executivos brasileiros estão no topo dessa pirâmide, com cerca de 85% de respostas positivas.

Poder aquisitivo:

- A maioria dos entrevistados no mundo (79,7%) acredita numa perda de seu poder de compra em conseqüência da crise. No Brasil este número sobre para 82,1%.

Perenidade do Emprego:

- Os executivos no mundo estão divididos quando o assunto é a perenidade do emprego. 67% dos executivos brasileiros acreditam que terão problemas com a perenidade no emprego.

Evolução Profissional:

- Quando perguntados sobre as possibilidades de evolução profissional, os executivos brasileiros mais uma vez são os mais otimistas, 68% acreditam que vão evoluir na carreira mesmo com a crise.

Aumento de salário e Promoção:

- Ainda num clima de otimismo, 82% dos executivos brasileiros acreditam que vão ter um aumento de salário superior ou igual ao de anos anteriores. Apenas 6,5% não acreditam em aumento, de maneira absolutamente divergente do mundo, onde 40% não acreditam em aumento e 27% acha que se houver aumento, será muito inferior ao de anos anteriores.

Eficácia das Medidas Governamentais:

- Pouco mais de 40% dos executivos, na media mundial, acredita que o governo tomou medidas eficazes para combater a crise. Os executivos que mais acreditam na eficácia das medidas do governo são os chineses (talvez por falta de opção) com 70%, e os brasileiros, cerca de 59%, mesmo que o Brasil ainda não havia ainda tomado grandes decisões.

Duração da Crise:

- Cerca de 40% dos executivos brasileiros acredita que a crise vai durar menos de um ano, 44% no máximo dois anos e somente 14% mais de dois anos, diferente do mundo, onde a maioria acredita em prazos de dois ou mais anos. O executivo brasileiro é o único que acredita que a crise vai durar períodos de menos de um ano.

A crise no seu país e no mundo:

- A maioria dos executivos brasileiros entrevistados acredita que a crise vai afetar igualmente o Brasil e o resto do mundo (47,5%), ou muito menos do que o resto do mundo (46.8%). Mais otimista estão apenas os chineses, dos quais 59% acham que a China vai ser menos afetada. Os executivos que acreditam que serão mais afetadas são os americanos, os ingleses e os espanhóis, obviamente.

Mudanças no mercado e nas regras:

- Apenas 11% dos entrevistados em todo o mundo acreditam que as regras de mercado e as regulações financeiras não vão mudar. Os brasileiros, menos ainda, apenas 3,9%. A maioria acha que estas regras vão mudar de maneira temporária, alguns acham que vão mudar de maneira permanente.

Métodos e Modelos de Gestão:

- Como acreditam que vai haver mudanças temporárias ou definitivas no mercado, na mesma proporção os executivos acreditam que os métodos e ferramentas de gestão de empresas também sofrerão mudanças.

Expectativas e prioridades pessoais:

- Já do ponto de vista pessoal, a maioria, 72% dos entrevistados no mundo e 84% dos brasileiros, acreditam que a crise econômica vai mudar as expectativas e prioridades tanto sociais como profissional.

Função do Estado:

- A maioria dos profissionais ouvidos na pesquisa acredita que é preciso reforçar de maneira permanente o lugar e a função do Estado na economia (44% no mundo e 66% no Brasil). Cerca de 44% dos executivos no mundo acreditam que é preciso reforçar essa função, mesmo que de maneira temporária, No Brasil, apenas 4% acham que não deve aumentar a posição do Estado. O que não é de se espantar, já que o brasileiro sempre achou que o Estado é importante. Estamos tendo agora um refluxo do liberalismo, que vai durar enquanto durar a crise.

Futuro Profissional:

- Cerca de 80% do mundo ainda está otimista sobre o futuro profissional. Os profissionais brasileiros, mais uma vez no pico, dos quais 95,3% acreditam que o futuro profissional vai ser ótimo.

Futuro da sua profissão:

- Mais de 80% do mundo, e 95,1% dos brasileiros, acredita num futuro promissor da sua profissão, independente da crise.

Futuro da sua Empresa:

- Os executivos ouvidos no mundo também estão otimistas quanto ao futuro de suas empresas (78,4% do mundo e 91,4% dos brasileiros).

Promoção:

- Quando o assunto é promoção, 43% dos executivos brasileiros acreditam que serão promovidos nos próximos dois anos e apenas 8,6% deles acham que não vão mudar de empresa.

Seu futuro e a Crise:

- A maioria dos executivos brasileiros, 62%, não acha que seu futuro profissional tenha ligação à crise econômica atual.

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